sexta-feira, 27 de maio de 2011

As Alagoas do cantor Djavan

Quem é alagoano e não é fã do Djavan?
 
Essa matéria está muito legal. Você se sente perto deste ícone alagoano, como se, com ele, batesse um papo na varanda de uma casa à beira-mar.
Fonte: Gazetaweb


Há muitas formas de ver uma cidade. Nos guias de viagem dos nossos dias, por exemplo, elas costumam ter suas qualidades ressaltadas em textos rápidos e imagens deslumbrantes – afinal, é preciso facilitar a vida do viajante, quase sempre apressado em sua missão de conhecer lugares. Mas existem aqueles ‘guias’ que vão além da informação, transformando a consulta numa experiência única, transcendental. É o caso dos guias práticos, históricos e sentimentais pioneiramente concebidos por Gilberto Freyre na segunda metade da década de 30, os quais contemplavam sua Recife natal e a bela Olinda, ali ao lado.
Em 1980, no prefácio à quinta edição de Olinda, Guia Prático, Histórico e Sentimental de Cidade Brasileira, o sociólogo que estudou nossos mais insuspeitos hábitos e costumes avisa que, “por sugestão de amigos”, manteve apenas alguns informes, de sabor “ao mesmo tempo que histórico, sentimental”, na nova versão de sua obra.

AS PRAIAS PREFERIDAS
“Eu tenho uma casa na Barra de São Miguel. [Quando eu vou a Alagoas] ou eu fico na Barra, ou eu vou para Ipioca, para aquelas praias dali. Como tenho duas crianças, gosto de praia que seja tranquila e rasinha... Então eu tenho ido mais para aqueles lados.”

CARDÁPIO FARTO, COM DIREITO A SOBREMESA
“Eu gosto de maçunim, de sururu no coco e de carapeba, porque é o peixe mais delicioso da face da terra. Não tem uma vez que eu vá a Maceió que eu não coma carapeba.”
“Gosto de cocada, daquelas que a gente compra à beira da estrada no sentido do Litoral Sul.”

ENTRE CENÁRIOS E ARQUITETURAS
“Gosto de passear pela orla e pelo Farol, que cresceu muito. Gosto muito de passear pelo Centro da cidade também. Gosto daquela área que envolve a orla, a Jatiúca e a Ponta Verde, e gosto de passear em bairros mais rústicos, com aquele clima de vida bucólica, que ficam mais ao norte de capital, entre Riacho Doce e Paripueira.”
“Em Marechal Deodoro come-se bem, e passear por ali é uma beleza. Gosto de arquitetura colonial... Aquilo para mim é uma festa.”
“Uma região que você não pode deixar de visitar, embora seja mais distante, é a de Penedo, que é uma cidade com o maior acervo colonial do estado. Além de Marechal, que fica a 25 minutos do Centro, e da própria Maceió, que tem milhões de coisas para você desvendar.”

A MACEIÓ DAS MEMÓRIAS
“Maceió, da minha época para hoje, sofreu uma transformação muito grande, o que é natural. E a transformação foi, evidentemente, para melhor. Aqueles bairros como o Pontal e o Vergel do Lago, por exemplo, mudaram muito com a reurbanização. Claro que ainda não é uma coisa definida porque as coisas são feitas muito morosamente.”
“Do ponto de vista da arquitetura, os aparelhos do estado, como viadutos e essas coisas, às vezes não são muito bem projetados. Alguns são anomalias da arquitetura, como aquele que fica perto da antiga rodoviária. São coisas mal projetadas que, às vezes, se destinam apenas a imbróglios políticos, e não servem ao povo.”
“Afora esse tipo de falta de planejamento, Maceió é uma cidade que tende cada vez mais a ter uma cara bastante interessante como cidade urbana. Eu ainda acho uma cidade gostosa de viver.”

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