domingo, 1 de fevereiro de 2009

Xangô rezado baixo. Tese disponível para download

Descrição: foto em que só aparece o tórax de negra vestida com longas roupas tradicionais.
Ela aparenta certa idade, e está adornada com diversos colares, pulseiras e anéis.
Em suas mãos contas ritualísticas com as quais reza.

O Governo do Estado de Alagoas institui o Dia Estadual de Combate à Intolerância Religiosa por decreto publicado na edição do Diário Oficial do Estado do dia 19 de janeiro passado.


O dia 2 de fevereiro, que já era o Dia Municipal, na capital, de Combate à Intolerância Religiosa, passou a ser, também, o Dia Estadual. O dia nacional de Combate à Intolerância Religiosa é 21 de janeiro e foi sancionada pelo presidente Lula em dezembro de 2007.

O dia não podia ser melhor escolhido, pois é o Dia de Iemanjá, Rainha das Águas, e o Dia do Quebra de Xangô (vergonhoso e violento espisódio ocorrido em 1912 em Maceió).


Quem tiver interesse em conhecer melhor o que foi o Quebra de Xangô acessem o link abaixo, em pdf aparentemente acessível, pois permite copiar e colar nos editores de texto. A tese "Xangô rezado baixo: um estudo da perseguição aos terreiros de Alagoas 1912", é de Ulisses Rafael, Doutor em Sociologia e Antropologia pela UFRJ e sem dúvida uma das maiores referências sobre o tema.


Segundo o autor, "Na Alagoas de 1912, verificar-se-ia um dos episódios mais violentos de que se tem notícia na história dos chamados cultos afro-brasileiros, no caso, a “operação xangô”, como ficou também conhecido o quebra-quebra liderado por integrantes da Liga dos Republicanos Combatentes, associação civil de caráter miliciano, e que implicou na destruição das principais casas de culto da capital e de municípios circunvizinhos.


O mote inicial da campanha, foram as suspeitas de que entre o Governador Euclides Malta e aquelas casas de culto existia um estreito relacionamento, de modo que depois da deposição daquele político, que já se mantinha no poder por quase doze anos, a ira da população se voltou contra os terreiros, que foram temporariamente calados, dando razão para que na seqüência dessa destruição surgisse uma modalidade exclusiva de culto: o“xangô rezado baixo”.

Segue o link da Tese que trata do assunto, com quase trezentas páginas.



Uma boa leitura!


3 comentários:

  1. Bastante interessante a música "Para Elas" de Alzira Espíndola e Alice Ruiz, mas infelizmente porque o som está demasiado alto, eu que sou cego tive emensa dificuldade para navegar no seu blog com meus leitores de telas, pois tenho de ouvir o sintetizador do leitor de telas para trabalhar com o computador e o som da música alto impede essa perfeita harmnonia. Apenas consegui escrever essas humildes linhas porque a música demorou um pouco a carregar nessa última vez por eu estar baixando o CD "Paralelas" (que achei bastante bom) e minha Internet sofrer lentidão nesse processo.
    Para saber mais sobre cegos e leitores de telas, visite uma de minhas subpáginas que explica com algum detalhe como os cegos podem interagir com o computador.

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  2. Meu nome é João Lopes, sou Aluno do 4º período de história da UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS.

    Estou iniciando uma pesquisa a respeito da repressão política as minorias étnicas.

    gostaria que você, se pudesse, colocasse disponível novamente a tese do Xangô rezado baixo

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  3. Olá, João.
    Tudo bem?
    Olhe, eu consegui abrir a dissertação normalmente, por este link. Você está com dificuldades?
    Qualquer coisa, me diga seu email, que eu mando direto.
    Um abraço.

    Rita

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