quinta-feira, 19 de abril de 2007

Erradicar o analfabetismo de deficientes é uma das metas do Brasil para 2016


A conselheira titular da Corde, Izabel Maior, explica que isso não significa apenas matricular as crianças com deficiência em um estabelecimento de ensino, mas também oferecer todos os recursos para a aprendizagem.

Colocar todas as crianças deficientes na escola e erradicar o analfabetismo em dez anos é uma das metas a longo prazo do Plano de Ação para 2007 apresentado hoje (12), em Brasília, pela Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (Corde), da Secretaria Especial de Direitos Humanos.

A conselheira titular da Corde, Izabel Maior, explica que isso não significa apenas matricular as crianças deficientes em um estabelecimento de ensino, mas também oferecer todos os recursos para a aprendizagem. "Entre eles, professores capacitados, computadores adaptados às necessidades específicas dos alunos e no caso de crianças surdas, aparelhos de surdez ou intérprete da língua brasileira de sinais".
Os anos compreendidos entre 2006 e 2016 foram declarados pela Organização dos Estados Americanos (OEA) como a Década das Américas das Pessoas com Deficiência. O objetivo da entidade é definir em parceria com os países membros um conjunto de ações para o período que incorpore a deficiência nas políticas públicas nacionais e desmistifique o tema. A idéia é acabar com a discriminação e a exclusão social.
Para cumprir esta e outras metas para a década, a conselheira da Corde esclarece que o Brasil precisará de investimentos sociais e financeiros. "O que ajudará a garantir inclusão social e desenvolvimentos para o país", afirmou Maior. "As pessoas com deficiência quando estão cientes de seus direitos e tiveram oportunidades ao longo da vida passam a trabalhar pelo crescimento do país.
Não precisam receber eternamente um subsídio. Se veio de uma família pobre, recebe auxílio durante um período, mas, aprende a superar as dificuldades com apoio da sociedade e com acesso à todos os serviços disponíveis para todos cidadãos."
A conselheira do Corde informou que a Secretaria Especial de Direitos Humanos estuda a possibilidade de mudar o status da coordenadoria para secretaria. A mudança poderá aumentar o repasse de recursos e melhorar o gerenciamento das funções e das políticas desenvolvidas pelo órgão.
No âmbito de políticas internacionais, o Brasil tem contribuído por meio da Corde para a criação do Plano de Ação das Américas, documento que norteará o Programa de Ação para a década da OEA. O Programa de Ação deve ser aprovado em uma Assembléia Geral que será realizada em junho no Panamá. Além disso, no final do mês passado o país assinalou a intenção de ratificar a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência das Nações Unidas, com a assinatura do texto da convenção.
De acordo com a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência existem no Brasil cerca de 24 milhões de pessoas com deficiência das quais 70% vivem abaixo da linha da pobreza.
Fonte: Rede SACI - Matéria publicada no Jornal da Tarde em 12/4/2007

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