As
mais de 300 participantes do XV Congresso da Federação Democrática
Internacional de Mulheres (FDIM) fizeram uma caminhada das mulheres por uma paz
justa, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Após a
caminhada, Márcia Campos, presidente da Federação Democrática Internacional de
Mulheres (FDIM), e uma delegação de mulheres, representantes de diversos
países, foram ao Congresso Nacional para entregar um documento com as suas
reivindicações, e sugerir um Projeto de Lei que assegurasse o acesso da mulher ao
mercado de trabalho em todas as categorias profissionais, com o suporte dos equipamentos sociais e
salário igual para trabalho igual, entre homens e mulheres.
Estiveram
presentes líderes e parlamentares de todos os continentes, o Brasil foi
representado pela primeira vice-presidente da Câmara dos Deputados, deputada
Rose de Freitas, a deputada Iriny Lopes, ex-ministra da Secretária de Políticas para Mulheres e a deputada Rosinha da Adefal, procuradora-adjunta
da Procuradoria Especial da Mulher da Câmara dos Deputados.
A
FDIM entregou um documento direcionado ao Parlamento Brasileiro, no qual
afirma
que as mulheres são exploradas e duplamente oprimidas em todos os países
em que
há a forma de produção capitalista. Destacaram como preocupantes,
ainda, a grave crise econômica (com particular efeito sobre a mulheres e
jovens) e a preocupação com os sinais de guerra que
estão se apresentando nas rotas de petróleo e gás natural, como
elementos que vem desfavorecendo a condição da mulher em todo o mundo.
A
representante da delegação da Palestina, a ex-embaixatriz da Palestina no
Brasil, Mayada Abaassi cobrou não só a independência das mulheres nos países, para que elas sejam livres e independentes.
Letícia Montes, da União
Nacional das Mulheres do México, falou da sua preocupação com a baixa qualidade do
ensino em seu país, devido às privatizações nessa área. Finalizou dizendo que “juntas
poderemos mudar o mundo”.
Representantes
de
diversas delegações (Sahara Ocidental, Grécia, Angola, Guiné Biissau,
aÍndia, Chipre, Senegal, Gana, Uruguai, Coréia do Sul, e Brasil) falaram
sobre as conquistas das mulheres em cada país,
mas também lembraram que há muito que fazer para garantir a plena
igualdade de gênero.
Um
país que chamou a atenção de todas, de forma positiva, foi a Angola, que atualmente possui 86
parlamentares mulheres e nove ministras, ao contrário de outros países do
mesmo continente, de forma que a mulher angolana ocupa mais de 45% das vagas no parlamento.
A
deputada Rose de Freitas disse que o momento atual é muito importante
para o
Brasil, pois é a primeira vez que se tem uma mulher presidente, e,
depois 180 anos, a primeira mulher ocupando a mesa diretora da Câmara
dos Deputados. A deputada, 1ª Vice-Presidente da Câmara dos Deputados,
finalizou
parabenizando a todas pelos trabalhos voltados a igualdade de gênero.
A
parlamentar Rosinha da Adefal chamou a atenção das representantes
presentes sobre a
questão das mulheres e meninas com deficiência, que “são duplamente
vulneráveis, pela sua condição”. Solicitou que todas as presentes
levassem para os seus países reflexões sobre a condição da mulher com
deficiência, cuja vulnerabilidade favorece a violência doméstica e o
abuso sexual, além da dificuldade, em razão das questões de
acessibilidade (arquitetônicas, de comunicação e de atitude), em buscar a
proteção dos equipamentos estatais de proteção e de justiça.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Liderança do PTdoB na Câmara dos Deputados
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