Descrição da imagem: foto de Marcial, de terno e gravata; e de óculos.
Em sua versão profissional, diferente do brincante que conhecíamos nas prévias de carnaval.
Morreu por volta das 10 horas da manhã deste sábado (17), na Santa Casa de Misericórdia, o ex-secretário de Cultura de Maceió, Marcial Lima, 67 anos. Ele sofria de Esclerose Lateral Amiotrófica, uma doença neuro-degenerativa progressiva, que afeta os neurônios motores e as células do sistema nervoso central.
A doença foi detectada há cerca de um ano e meio, quando ele foi
obrigado a se afastar de suas atividades de apoio à cultura, para se
dedicar ao tratamento. Marcial Lima era casado com a médica Maria
Almeida e pai de quatro filhos: Patrícia, Juliana, Tiago e Felipe.
A última aparição em público ocorreu em março deste ano, quando foi
ao desfile do Bloco Pinto da Madrugada, na semana pré-carnavalesca.
Marcial Lima foi um dos fundadores do bolo alagoano, no ano de 2000,
fazendo alusão ao Galo da Madrugada, de Recife, considerado o maior
bloco carnavalesco do mundo.
Segundo disse durante uma entrevista ao Tudo na Hora,
o Pinto da Madrugada foi criado graça ao esforço de “profissionais
liberais e professores universitários, independentes financeira e
politicamente”. Ainda de acordo com Marcial Lima, o principal objetivo
do bloco foi “valorizar as tradições culturais de Maceió e resgatar os
grandes carnavais de rua”.
Mesmo debilitado em consequência a doença, Marcial Lima ainda
continuava contribuindo com a cultura popular de Alagoas, por meio de
artigos que eram publicados num dos jornais da capital. Ele era servidor
público do Banco do Brasil e atuou na coordenação cultural da
Secretaria de Estado da Educação e na Secretaria de Estado da Cultura,
durante a gestão do ex-governador Ronaldo Lessa (PDT).
Visão cultural
De acordo com o amigo e pró-reitor de extensão da Universidade
Federal de Alagoas (Ufal), Eduardo Lira, o ex-secretário de cultura de
Maceió era um apaixonado pela cultura popular.
“Mesmo doente ele se
preocupava com os rumos da cultura local e sempre foi um entusiasta das
tradições populares. Contribuiu muito para o desenvolvimento da cultura
local e sua partida é uma grande perda”, frisou, ao acrescentar que
o corpo de Marcial Lima será sepultado às 18 horas deste sábado, no
Campo Santo Parque das Flores, em Maceió.
Marcial Lima deixa um legado sem igual à cultura alagoana, porque
foi um grande pesquisador e incentivador das tradições populares. Ele
foi o responsável por incentivar a criação de pontos de cultura na
capital alagoana.
Fonte> Alagoas 24hs
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