domingo, 18 de setembro de 2011

Morre Marcial Lima, um dos fundadores do Bloco Alagoano o Pinto da Madrugada

 
Descrição da imagem: foto de Marcial, de terno e gravata; e de óculos. 
Em sua versão profissional, diferente do brincante que conhecíamos nas prévias de carnaval.


Morreu por volta das 10 horas da manhã deste sábado (17), na Santa Casa de Misericórdia, o ex-secretário de Cultura de Maceió, Marcial Lima, 67 anos. Ele sofria de Esclerose Lateral Amiotrófica, uma doença neuro-degenerativa progressiva, que afeta os neurônios motores e as células do sistema nervoso central.

A doença foi detectada há cerca de um ano e meio, quando ele foi obrigado a se afastar de suas atividades de apoio à cultura, para se dedicar ao tratamento. Marcial Lima era casado com a médica Maria Almeida e pai de quatro filhos: Patrícia, Juliana, Tiago e Felipe.

A última aparição em público ocorreu em março deste ano, quando foi ao desfile do Bloco Pinto da Madrugada, na semana pré-carnavalesca. Marcial Lima foi um dos fundadores do bolo alagoano, no ano de 2000, fazendo alusão ao Galo da Madrugada, de Recife, considerado o maior bloco carnavalesco do mundo.

Segundo disse durante uma entrevista ao Tudo na Hora, o Pinto da Madrugada foi criado graça ao esforço de “profissionais liberais e professores universitários, independentes financeira e politicamente”. Ainda de acordo com Marcial Lima, o principal objetivo do bloco foi “valorizar as tradições culturais de Maceió e resgatar os grandes carnavais de rua”.

Mesmo debilitado em consequência a doença, Marcial Lima ainda continuava contribuindo com a cultura popular de Alagoas, por meio de artigos que eram publicados num dos jornais da capital. Ele era servidor público do Banco do Brasil e atuou na coordenação cultural da Secretaria de Estado da Educação e na Secretaria de Estado da Cultura, durante a gestão do ex-governador Ronaldo Lessa (PDT).

Visão cultural

De acordo com o amigo e pró-reitor de extensão da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Eduardo Lira, o ex-secretário de cultura de Maceió era um apaixonado pela cultura popular. 

“Mesmo doente ele se preocupava com os rumos da cultura local e sempre foi um entusiasta das tradições populares. Contribuiu muito para o desenvolvimento da cultura local e sua partida é uma grande perda”, frisou, ao acrescentar que o corpo de Marcial Lima será sepultado às 18 horas deste sábado, no Campo Santo Parque das Flores, em Maceió.

Marcial Lima deixa um legado sem igual à cultura alagoana, porque foi um grande pesquisador e incentivador das tradições populares. Ele foi o responsável por incentivar a criação de pontos de cultura na capital alagoana.

Fonte> Alagoas 24hs

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