sábado, 4 de dezembro de 2010

Hoje é dia de Iansã, a Santa Bárbara, pelo sincretismo religioso. Como são os filhos de Iansã...


Hoje é dia de Iansã, que no sincretismo religioso corresponde à Santa Bárbara.

Santa Catarina também seria um dos Sincretismos mais conhecidos ( Iansã do Balè ) e Santa Maria Madalena (Oyá Funã).


Sua saudação: !Eparrei!"

Sua cor: vermelho (no Candomblé).

Seu dia da semana: a quarta (única das Orixás femininas há ser cultuada em dia da semana diferente, junto com Xangô e com Oxumarê).

Uma de suas comidas mais conhecidas é o Acarajé que deve ser servido em travessas de barro.

Tem predileção por receber suas obrigações em bambuzais. No Brasil é muito conhecida como Oyá ou Matamba.

Seu animal preferido é a borboleta.

Uma de suas maiores quizilas é a lagartixa.

Bebe champanhe e aluá.

Seu elemento é o fogo, as tempestades e os ventos.

Seu número sagrado é o 9.

"Senhora dos ventos, dos raios e das tempestades, é representada com um alfange (espada longa) e uma cauda de animal nas mãos (espécie de espanador), e com um chifre de búfalo na cintura.

 
Nas lendas provenientes do Candomblé, Iansã foi mulher de Ogum e depois de Xangô, seu verdadeiro amor. Xangô roubou-a de Ogum.

É sem sombra de dúvidas a companheira mais conhecida de Xangô, fazendo-se lembrar que ela manteve relação com todos os Orixás.
 
Com Xangô deu a luz aos Gêmeos Ibejis, sincretizados em São Cosme e São Damião.
Sua filiação: é filha de Yemanjá com Oxalá.

É a Iyabá de temperamento mais forte, dotada de uma força bélica que encontra correspondência, pelo lado masculino, em Ogum. Esse temperamento afirma-lhe a qualidade de guerreira e de líder, mas não de mãe, como Oxum ou Yemanjá, mesmo tendo tido nove filhos de Ogum.

Na liturgia da Umbanda, Iansã é senhora dos eguns, os espíritos dos mortos, menos cultuados no Candomblé.

Na Umbanda a guia de Iansã é de cor amarela e no Candomblé é vermelha.

No Candomblé também é chamada de Oyá.

Iansã possui um grande conhecimento, adquirido através da convivência com muitos orixás, como Ogum, com quem aprendeu os caminhos; Oxóssi, com quem aprendeu a caçar; Xangô, seu eterno companheiro; Omulu-Obaluaiê, com quem compartilha o reino dos Eguns; Orunmilá e Oxalá, entre outros.

Vivia com eles o tempo necessário para aprender o que precisava, deixando-os em seguida, para continuar com suas andanças pelo mundo. Alguns tentaram, em vão, prendê-la, mas é impossível segurar o vento. A liberdade é muito importante para ela.

Foi com Xangô, seu marido, que passou mais tempo, pois os dois se completavam. Mas, apesar disto, ergueu-se contra ele em defesa de seu povo, fazendo com que recuasse. Nem mesmo Xangô conseguiu dobrá-la.

Guerreira poderosa, é também detentora de poderes de feitiçaria, não temendo nada nem ninguém. Nunca fugiu das batalhas, agindo sempre com uma força devastadora. Ela se transforma com muita rapidez para destruir o inimigo, voltando ao normal logo em seguida, como se nada tivesse acontecido.

Segundo a lenda, Iansã teria abandonado seus nove filhos para partir em novas empreitadas. Isso não quer dizer que ela não os amava. Ao contrário, ela precisava lutar para ter condições de criá-los e defendê-los, além disso, não podia levá-los consigo nessas guerras.

Com Oxalá, grande orixá fun-fun, aprendeu sobre o uso do raciocínio e o dom da paciência. 

Por isso ela não desiste facilmente de seus objetivos, sabendo esperar o momento certo para conquistá-los. Iansã é puro movimento. Não pode ficar parada, para não extinguir sua energia.

O vento nunca morre, ele está sempre percorrendo novos espaços. Ela tem o domínio e o conhecimento sobre os eguns (espíritos desencarnados). Após a morte e a limpeza do corpo, que é realizada por Omulu-Obaluaiê, Iansã encarrega-se de levá-los até os portais do orun (mundo paralelo), onde eles são entregues ao Comando dos Exus Caveiras, que são os Exus que guardam as portas dos Umbrais. 

Iansã, segundo a mitologia, é um orixá muito forte, enfrentando a tudo e a todos por seus ideais. Não aceita a submissão ou qualquer tipo de prisão.

Faz parte de sua indumentária a espada curva (alfanje), o eruêxin (espécie de espanador feito de rabo de boi, dado por Oxóssi com que ela espanta os Eguns), além de muitos braceletes e objetos de cobre.

Sua dança é muito expansiva, ocupando grande espaço e chamando muita atenção. Tem como domínios os ventos, cemitérios, taquarais, caminhos e bambuzais etc.

Como são os filhos de Iansã: 

Os filhos desse orixá são muito extrovertidos, apreciando boas companhias, festas, viagens e divertimentos em geral.  Possuem muita vitalidade, estando sempre dispostos para fazer o que gostam. 

Não suportam trabalhar em lugares fechados e, principalmente, obedecer ordens, pois não gostam de se sentir inferiorizados.  Por isso, são instáveis em sua vida profissional. 

Não aceitam que pessoas de fora se intrometam na rotina de sua casa ou dêem palpites em sua vida familiar.  Não gostam que lhe digam o que fazer, ou que lhe façam críticas. Sempre tentarão justificar suas atitudes, mesmo que sejam injustificáveis. Dão muito valor à segurança de um lar e de uma família bem constituída e feliz.  Adoram sua casa, embora não agüentem ficar presas a ela.  

São muito sensuais e apaixonam-se com freqüência, só aceitando viver com alguém se existir amor.  Quando amam de verdade, fazem de  tudo para manter essa relação.  São ciumentos, possessivos e incapazes de perdoar ou esquecer uma traição. Quando são provocados, enfurecem-se de uma tal maneira, que ninguém ousa enfrentá-los.  A fúria não demora muito para passar, fazendo-os voltar ao normal, como se nada tivesse acontecido.  Geralmente arrependem-se por agir dessa forma. Em seu estado normal, podem ser dóceis e amáveis. 

Gostam de usar de franqueza, pois odeiam mentiras e qualquer coisa que manche sua reputação. Algumas vezes são ousados e arrogantes, possuindo um gênio e uma natureza difícil de lidar. São muito francos e diretos, não havendo ética que os segure.  Gostam de lutar pelo que acreditam e acham justo. 

Os filhos de Iansã possuem uma grande necessidade de afirmação.  Conforme a qualidade, alguns descendentes desse orixá encontram pessoas para protegê-los e fazer de tudo por eles.  É como se essas pessoas fossem um escudo protetor, não deixando que nada de mal lhes aconteça.  Mesmo assim, os filhos de Iansã gostam de provar que não precisam da ajuda de ninguém, pois se acham muito capazes. Assim como esse orixá, seus protegidos têm uma grande afinidade com os eguns (ou espíritos desencarnados).


Livre adaptação de textos extraídos do winkpédia e do blog do Caboclo Arruda.

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