No próximo dia 11 de dezembro ele faria 120 anos. Sua voz é conhecida no mundo inteiro e seu nome é sinônimo de Argentina. Mais de 75 anos após sua morte, foram descobertos e reunidos no livro Archivo Gardel – recém-lançado na Argentina pela Edições Proa – cartas, documentos e fotos que ampliaram e aprofundaram o conhecimento sobre a vida e a personalidade do cantor de tangos mais famoso da história do país. O material é inédito e passou por várias mãos, entre elas a de sua mãe adorada, Marie Berthe Gardes (chamada por ele nas cartas de “querida velhinha”), antes de ser divulgado pelo Centro de Estudos Gardelianos de Buenos Aires.
Após a inesperada morte de Gardel, em 24 de junho de 1935, num acidente aéreo em Medellín, na Colômbia, sua mãe herdou tudo o que lhe pertencia. Por decisão de Marie Berthe, muitas coisas de Gardel foram conservadas por Armando Defino, braço direito do cantor durante grande parte de sua brilhante carreira artística. A viúva de Defino, Adela Blasco, conservou o material, que, após sua morte, foi preservado por uma amiga da família (Armando e Adela não tiveram filhos), chamada Nuria de Fortuny de Cortada. Finalmente, as filhas de Nuria foram as encarregadas de revelar ao mundo o que por décadas foi mantido em segredo.
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