O Maracatu Baque Alagoano, que vem se firmando no cenário cultural em Alagoas, reúne pessoas de diversas idades e profissões, que se conheceram em uma oficina de percussão em 2007, e que têm em comum a paixão pela cultura e pelos ritmos populares. Atualmente, ensaia no bairro do Jaraguá. Conduzido por Dalmo Santos, um jovem de pouco mais de 20 anos que vem trilhando passos seguros na condução do grupo, a principal característica do Baque é o resgate da musicalidade dos folguedos populares, mesclados com tons de modernidade e experimentação. Isso por pessoas que até então não tinham tido a oportunidade de ter essa gratificante vivência cultural e artística. Alfaias, caixas, agogôs, xequerês (agbes), gonguê, timbau e djambê, são os instrumentos que lhe compõem o ritmo contagiante.
O Guerreiro Treme Terra é um dos grupos folclóricos mais respeitados no cenário artístico-cultural de Alagoas. Este folguedo, genuinamente alagoano, nascido na década de 1920, como manifestação popular e espontânea da comunidade periférica de Maceió, tem hoje como um de seus expoentes o Mestre Benon, que inclusive compõe o Registro do Patrimônio Vivo em Alagoas. Benon tem mais de 50 anos de atuação no folclore estadual. Sua missão, levada com seriedade, é manter vivo este folguedo, o que atualmente realiza conduzindo o Guerreiro Treme-Terra, no bairro da Chã da Jaqueira. Brincantes acompanhados de tambor, sanfona e pandeiro, o Treme-Terra recria o nascimento do Messias e a visita dos três Reis Magos num auto natalino animado e repleto de simbologia e sincretismo religioso.
É para apreciar essa junção do contemporâneo e do tradicional que convidamos a todos para comparecerem ao Museu Théo Brandão, no dia 21 de agosto, sexta-feira, às 19h, para a comemoração do Dia do Folclore.
O Baque se apresenta, ainda, com a articipação especial do Maracatu Nação Cambinda Estrela, do Recife, um dos mais tradicionais grupos de maracatu de Pernambuco, grande parceiro e incentivador do Baque Alagoano.
O evento reunirá mais de 80 brincantes dos três grupos, entre percussão, dança e cantoria, todos envolvidos na mesma missão cultural. A proposta vai além da pura combinação de batuques. A apresentação tem como objetivo divulgar os ritmos alagoanos, num trabalho de resgate da cultura tradicional, demonstrando sua viabilidade e encantos, mesmo em tempos de modernidade.
Ainda em comemoração ao Dia do Folclore, o Baque Alagoano se apresenta, no dia 22 (sábado), às 18h, em Arapiraca, juntamente com o Cambinda Estrela.
Agradecemos a quem puder colaborar divulgando nosso evento.
Descrição da Imagem 1: foto do estandarte do grupo, no pátio do Museu Théo Brandão, em dia ensolarado.
Descrição da Imagem 2: foto em sépia, foi tirada bem pertinho de mim pegando meu perfil até a cintura, mais ou menos. Estou do lado direito da foto. Estou cheia de colares, contas e turbante, vestida de branco, pois era dia de Iemanjá. Ao fundo, os demais integrantes do Baque.
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