Há tempos que eu quero viver só os problemas inevitáveis.
Nada de enfrentamentos, provocações, desafios.
Sigo aparentemente em covardia.
É que achei um cantinho, um lugar de aconchego,
Onde só moram os meus e os que eu desejo.
Não quero sair mais daqui...
Atravesso a rua, cabisbaixa.
Falo manso, curvo-me
em reverência aos que se dizem iluminados,
ainda que saiba que não são.
Nada questiono.
Sou a mesma.
Apenas guardei para mim,
e para os que falam a minha língua,
as palavras mágicas e as secretas.
Não quero mais promover conquistas, arregimentar fiéis,
multiplicar a mensagem que entendo ser a chave da vida.
Quero só a mim, e a uns poucos outros. Muito poucos...
Quem me olhar nesta nova capa não me reconhecerá.
Eu me olho, e me enxergo inteira.
Sou eu, mesma.
Só que envelhecendo...
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